quarta-feira, 15 de junho de 2011

Desorientação

Estava completamente escuro, e ele, em pé, sem entender aquela situação, estava muito assustado. Não havia meio nenhum para se orientar. Mário não sabia onde estava, mas sabia que precisava andar, sair dali, chegar a seu destino. Ameaçou dar alguns passos, mas não se moveu. Sabia que não poderia andar daquele jeito por muito tempo sem ver o caminho; tinha medo. Pensou que talvez a solução fosse guiar-se pelo tato das mãos. Tentou encostar em algo, numa parede, num móvel, numa árvore, mas não encontrou nada em seu pequeno círculo de alcance. Agachou-se, tentando se orientar com as mãos no chão, mas o chão que sentiu, de um lodo quase líquido, sem consistência, apenas contribuiu para confundi-lo ainda mais sobre a situação em que se encontrava.

Levantou-se limpando as mãos na roupa, fechou os olhos e começou a se perguntar o que estava acontecendo? Como haveria de descobrir qual a direção certa para seguir? “Não sei para onde estou indo! Nem mesmo sei onde quero chegar!”

Nesse momento, alguma luz longínqua foi acesa, e então foi possível distinguir vagamente o largo caminho dos pequenos obstáculos.

— Alguém está aí?! — gritou ele.

Ninguém lhe respondeu.